23/08/2013 Como será o Amanhã
Luiz Otavio Nascimento
Tal como propõe o refrão da letra do samba enredo de 1978 da escola de samba carioca União da Ilha: responda quem puder. O que irá me acontecer? O meu destino será como Deus quiser.
Se fizermos um exercício de observação dos últimos 60 dias, verificaremos que após a cortina de fumaça provocada por vários atos descoordenados do Governo Federal, quase nada mudou e a situação geral permanece a mesma de antes das manifestações de rua. Afora o congelamento das passagens de ônibus municipais nas principais capitais brasileiras, nada aconteceu em termos de reformas políticas e/ou econômicas. Continuamos comprometidos a realizar a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016, mas ficamos sem hospitais, com serviços públicos medíocres e fraca educação.
Como já estamos no final de agosto, nada irá mudar para as eleições de 2014. Os atuais partidos irão fazer suas listas de candidatos, privilegiando os atuais deputados e senadores. E a maioria do povo brasileiro irá reelegê-los, sem considerar os seus desempenhos políticos ou, melhor, suas ineficiências, suas faltas ao trabalho, seus desperdícios do dinheiro público, suas responsabilidades na consecução de amarras ao desenvolvimento do país, impeditivas à melhoria dos serviços públicos e à qualidade de vida da população.
Ao olharmos a Constituição, constatamos que - na pior hipótese - com 2/3 dos votos o Senado Federal pode literalmente mandar no país. Considerando que o mesmo é composto por 81 senadores, 3 por estado, serão - então - necessários 54 votos para isto. As regiões Sul e Sudeste, responsáveis por cerca de 72% do PIB nacional, têm apenas 21 votos, enquanto que as demais regiões que geram 28% do PIB, detêm 60 votos, ou seja, têm poder suficiente para sozinhas decidir o futuro da nação. Em suma, quem menos produz comanda tudo.
Atentando para o núcleo de tal poder, vemos que ele é liderado pelos senadores José Sarney, Renan Calheiros, Collor de Melo e Jader Barbalho. Dessa forma podemos afirmar que são eles de fato os donos do nosso Brasil. E, nada irá mudar este status nos próximos anos.
Qualquer que seja o(a) escolhido(a) para presidir a Nação, pouco poderá realizar sem o aval dos 4 citados senadores. Sua "insubordinação" a eles poderá render inúmeros vetos e paralisar seu governo. Um destes senadores, por sinal, quando presidente instituiu o famoso "é dando que se recebe", avô dos mensalões e das emendas ao orçamento que assolam a vida política nacional.
Isto posto ao lado do ressurgimento da inflação, à falta de uma política industrial, ao descontrole cambial, ao crescimento dos juros, à estratosférica carga tributária, à indexação dos salários estabelecida pela lei 12.382 de 28 de fevereiro de 2011, a regras trabalhistas de 70 anos atrás, nos leva de modo cada vez mais rápido para o centro de um turbilhão que poderá fazer naufragar todos os esforços de estabilidade econômica e social. E o pior é que isto é percebido por poucos.
Parece que o lado que menos produz está finalmente a ponto de matar a "galinha dos ovos de ouro", o lado produtivo do país, que está ficando exausto de criar riquezas e vê-las serem desperdiçadas de tudo quanto é jeito.
Assim, voltamos à letra do samba: como será o amanhã? Infelizmente não sabemos. O nosso destino, enquanto nação, está à deriva. Podemos rezar e torcer para que Deus seja brasileiro, mas além disso seria bom abrirmos nossos olhos e lutarmos para sermos os condutores de nossas vidas, mudando radicalmente a atual classe política, para que possamos construir um país melhor, mais justo e honesto.
Se fizermos um exercício de observação dos últimos 60 dias, verificaremos que após a cortina de fumaça provocada por vários atos descoordenados do Governo Federal, quase nada mudou e a situação geral permanece a mesma de antes das manifestações de rua. Afora o congelamento das passagens de ônibus municipais nas principais capitais brasileiras, nada aconteceu em termos de reformas políticas e/ou econômicas. Continuamos comprometidos a realizar a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016, mas ficamos sem hospitais, com serviços públicos medíocres e fraca educação.
Como já estamos no final de agosto, nada irá mudar para as eleições de 2014. Os atuais partidos irão fazer suas listas de candidatos, privilegiando os atuais deputados e senadores. E a maioria do povo brasileiro irá reelegê-los, sem considerar os seus desempenhos políticos ou, melhor, suas ineficiências, suas faltas ao trabalho, seus desperdícios do dinheiro público, suas responsabilidades na consecução de amarras ao desenvolvimento do país, impeditivas à melhoria dos serviços públicos e à qualidade de vida da população.
Ao olharmos a Constituição, constatamos que - na pior hipótese - com 2/3 dos votos o Senado Federal pode literalmente mandar no país. Considerando que o mesmo é composto por 81 senadores, 3 por estado, serão - então - necessários 54 votos para isto. As regiões Sul e Sudeste, responsáveis por cerca de 72% do PIB nacional, têm apenas 21 votos, enquanto que as demais regiões que geram 28% do PIB, detêm 60 votos, ou seja, têm poder suficiente para sozinhas decidir o futuro da nação. Em suma, quem menos produz comanda tudo.
Atentando para o núcleo de tal poder, vemos que ele é liderado pelos senadores José Sarney, Renan Calheiros, Collor de Melo e Jader Barbalho. Dessa forma podemos afirmar que são eles de fato os donos do nosso Brasil. E, nada irá mudar este status nos próximos anos.
Qualquer que seja o(a) escolhido(a) para presidir a Nação, pouco poderá realizar sem o aval dos 4 citados senadores. Sua "insubordinação" a eles poderá render inúmeros vetos e paralisar seu governo. Um destes senadores, por sinal, quando presidente instituiu o famoso "é dando que se recebe", avô dos mensalões e das emendas ao orçamento que assolam a vida política nacional.
Isto posto ao lado do ressurgimento da inflação, à falta de uma política industrial, ao descontrole cambial, ao crescimento dos juros, à estratosférica carga tributária, à indexação dos salários estabelecida pela lei 12.382 de 28 de fevereiro de 2011, a regras trabalhistas de 70 anos atrás, nos leva de modo cada vez mais rápido para o centro de um turbilhão que poderá fazer naufragar todos os esforços de estabilidade econômica e social. E o pior é que isto é percebido por poucos.
Parece que o lado que menos produz está finalmente a ponto de matar a "galinha dos ovos de ouro", o lado produtivo do país, que está ficando exausto de criar riquezas e vê-las serem desperdiçadas de tudo quanto é jeito.
Assim, voltamos à letra do samba: como será o amanhã? Infelizmente não sabemos. O nosso destino, enquanto nação, está à deriva. Podemos rezar e torcer para que Deus seja brasileiro, mas além disso seria bom abrirmos nossos olhos e lutarmos para sermos os condutores de nossas vidas, mudando radicalmente a atual classe política, para que possamos construir um país melhor, mais justo e honesto.
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